22.12.06

O ano.

Este ano foi a minha temporada.
(e minha revista tem aquela capa)

Leaving on a jet plane, I don´t know when I´ll be back again...

19.12.06

Não, não é o último do ano, é apenas mais um que quero escrever
Está tudo escuro aqui e muito quente também
É o dia depois de amanhã lá na sala e a voz grossa do locutor
Também há as batatas, melhor, o que não sobrou delas no prato engordurado
Ainda, o pisca desligado e a caneca no chão. Caneca com água, que triste
Mas não estou triste, estou apenas no escuro iluminado pela tela do computador
Lá fora, Monlline e as luzes dos prédios que gosto tanto
Se morasse na fazenda, com certeza veria o escuro que dá medo. E o barulho vazio que deixa a gente com vontade de ligar música
Porque música a gente gosta sempre, mas nem sempre gosta da mesma
Ontem Maguire me deixou com cara de boba. Tanto que agora voltou aos meus favoritos, mas isso não é importante
A bagunça lá do quarto me deixa desanimada
As telas brilhantes me atraem como mosca, de lá pra cá, daqui pra lá
Caramba, tenho que arrumar as coisas
É a última semana e depois um descanso
Um tempo pra botar a cabeça pra fora d'água e respirar
Já até comprei a roupa, de tão animada
Quem sabe não são bóias que me deixam mais tempo fora?
Não sei. Não sei mesmo
Só sei que o tempo é algo relativo.
Para o monge, eterno
Para a borboleta, um dia
Para mim, rápido
Isso me lembrou comercial da W, que bosta
Mas, qual percepção está certa; monge, borboleta ou eu?
Só sei que o ano está acabando e que este ainda não é o último. Ano, post.
Tudo são coisas que a gente junta e chama de ciclo
Mas é tudo a mesma coisa
Mas a gente precisa acreditar naquilo porque é bom pra renovar a si mesmo

18.12.06

It´s a marvelous night for a moondance
With the stars up above in your eyes

13.12.06

Meu molho branco não é nenhum bechamel mas me provou algo que nem desconfiava: eu sei mesmo cozinhar.

Vocês podem me questionar sobre isso, afinal, it´s not a big deal. Mas para mim, que a vida toda viu os pais cozinharem como chefs as maiores delícias (desde arroz com batata frita a medalhão de filé mignon com champignons) e que teve na cozinha experiências máximas de brigadeiro e pipoca, é uma grande coisa.
Morar sozinha tem sua parte boa. Agora nas férias, que o tempo é abundante, gosto de experimentar receitas novas. Ver que elas estão dando certo é uma quase-epifania. Um dom (dom?) que eu não conhecia. Tá, não sou Jamie Oliver, mas cara, é a Thaís, que fazia brigadeiro e pipoca!

Quem sabe não é uma coisa de outras encarnações? Posso ter sido cozinheira do castelo; pegava o porco, matava e metia numa panela gigante com água fervendo. Também devia ser muito feia com uns peitões caídos, mas isso é detalhe.

Agora parece que o mundo todo são ingredientes prontos a virarem especialidades. E que nenhuma receita é difícil o bastante.

Enfim, só um desabafo pós spaghetti ao molho branco. Voltem a fazer o que estavam fazendo.

9.12.06

Vovó traz chocolate quente pro vovô.
"Tá bom?"
"Perfeito"
E ele sorri pra ela. E ela sorri por dentro.
"Tirando essa dor nas pernas, minha véia".

7.12.06

Não sei se escreverei algo significativo.
Na verdade, o que há de significativo na vida?

Um sorriso, uma música, um balançar-na-balança-e-jogar-a-cabeça-pra-trás?

Ou seria uma criança que passa correndo, uma velhinha dançando no salão, uma folha acariciando no ar antes de tocar o chão?

Não sei o que é significativo.

Molhar as pontas dos pés antes do banho para ver se está quente. Cair de costas no sofá e ligar a TV. Comer as raspinhas de chocolate do bolo de aniversário antes do parabéns.

Ver filme francês e achar lindo. Passear de mãos dadas num dia qualquer. Sorteve de leite moça edição limitada.

O que seria então significativo?

O cachorro de barriga pra cima para coçar as costas. A senhora que traz leite quente com nescau e pipoca na hora do desenho. Crianças sentadas no meio-fio numa tarde de domingo olhando o dia passar.

Ou seriam todas essas coisas?

Que post mais maluco.

5.12.06

RG

Olha, é um quadrado.

Não, é um círculo. As bordas são levemente arredondadas. Não acho que seja um quadrado.

E assim?

Ainda, mesmo que arrumem, imagino as arestas mais...

Retas?

Não, não encontrei o que quero ainda, mas parece que as bordas não estão do jeito que imagino.

30 min depois...

Ok, se vocês acham que estas arestas classificam um quadrado, então vocês estão certos.


15 min adiante...


Ainda não sei o que quero, na verdade já perdi até o motivo pelo qual iniciei essa discussão.

4.12.06




O pisca-pisca psicodélico-maluco-incrivelmente-genial faz eu pirar como nunca.
Em casa, ler todos os textos da Irene me fazem pensar que sou realmente capaz.
De noite, comprar estrelinhas e anjinhos me fazem sentir como aos oito anos.

No ônibus, o perfeito arco-íris na marginal prenuncia uma vida cheia de cor.

Na volta, uma palavra me deixa com dor no estômago e vontade de não me mexer. De não falar. De não piscar. De apenas fitar o infinito com a dor dilacerante latejando que agora virou embrulho incômodo. Ainda tem aquela coisa no olho; é, sim, tem aquilo de não piscar, mas parece que ele pesa, que vai saltar, que é preciso abaixar as pálpebras.

O sentir-se alheia me persegue e me encara como a esfinge: decifra-me ou devoro-te.
É preciso encarar, não há jeito, não há como.
É preciso, acima de tudo, repensar a mesma atitude caduca e sem graça de fechar a cara.
Mas como? Engolir tudo?

A vontade é essa mesmo. E de fugir. Porque parece que quando há a idéia fixa, nada contribui para tirá-la da mente. A vida a alimenta.

E daí vem o medo. O mesmo medo bobo de sempre.

Hoje vou comprar mais pisca-pisca psicodélico. E depois me enfiar debaixo do meu casco e assistir TV. E pensar que deve ser meu carma mesmo.

29.11.06

Às vezes eu me sinto fora do contexto. Fora do que está contecendo. Alheia, alienada.
Coisas que desconheço.
Coisas que queria para mim.

Normalmente passa.

Hunf.

25.11.06

Family Guy



Para descontrair...
Estou aqui em casa, em São Paulo, que agora já chamo de casa por que assim me parece. O sono é gigante, dormi pouco e mal, a Carol não veio trazer as coisas, o trabalho vai rolar, thank God, mas Suzano talvez não verá meu rosto esse final de semana.

Coisas acontecendo? Sim, coisas acontecendo. Boas? Muito boas.

Fuvest é amanhã. Boa sorte aos que tentarão. Dica: comer chocolate e ouvir Mozart. E debochar das questões.

Hoje andei um pouco pelo bairro, não errei as ruas e cheguei ao meu destino. É impressionante como tudo aqui é perto. Sim, é tudo aqui do lado. É gostoso passear por essas ruas e ver o rosto dos paulistanos que agora sou um pouco também. Dá raiva quando o cara do caminhão pergunta as horas e depois fala besteiras, mas não deixa de ser engraçado. E olhar a imponente loja de tudo de legal que fica 10 min a pé.

Tenho mil coisas para resolver e fazer, mas aqui estou, ó inutilidade. É o sono, dizem.

Post interrompido. É sono, they say.

20.11.06


Esta não é a pequena Miss Sunshine. É Sunshine, apenas.
E isto basta. É, na verdade, o que importa.

16.11.06

Confessions of a Teoria da Cominicação class II

O Swan desliza as mãos pelo piano ao executar Rachmaninov porque eu pedi. É a história de um rapaz cataléptico que fora enterrado vivo. Funeral, despertar (desespero) e morte.
As notas e as mãos do Swan deslizando pelo teclado são foda. O Olé diz que seus amigos nunca sentariam em volta de um piano. Eu digo: os meus sim. Mas daí a pergunta epifânica - "quem são meus amigos?". Estes que estão em volta do piano.

Mais complicado do que perguntar quem são meus amigos é pensar em quem sou eu. Quem sou eu? Não, é mais complexo do que o perfil do Orkut. Quem sou eu? Qual minha essência? E o mais importante: Quem eu quero ser?
Pensei isso hoje depois de ontem filosofar sobre os conceitos mais profundos por oito horas seguidas. Claro, deixa sequelas. Às onze da noite tive o banho mais carregado de sentimentos dos últimos séculos. Me pus no espelho e perguntei: Quem é você? O que você quer?

O Waldenyr está falando agora. Nietzsche. Ele é foda. O Waldenyr, mais que o Nietzsche. A aula dele me faz refletir. Sobre a sociedade de massa, mas também sobre Deus. Sim, porque a Gabe aqui do meu lado me faz pensar pra caramba. Poxa, é bom isso. Pensar sobre Deus, sobre a vida. E aí vem à minha cabeça: Quem é você?

Epifania 2: Eu não gosto de mim mesma. Por motivos "x". É, não gosto. Sim, parece que eu gosto, mas por a+b eu não gosto. A auto crítica me persegue até os cantos mais remotos de mim mesma. Sim, a ignorância é a maior das bençãos.

Enquanto isso - enquanto o espelho repete a frase que me persegue - o Waldenyr continua a falar na minha frente, a Gabe diz "droga", o Swan desliza as mãos pelo piano, o cara sentado lá no fundo continua lá no fundo e é preciso dar o próximo passo.

Sim, a pergunta martela. Ainda. E a Gabe quer guardar o rascunho. Ótimo isso.

Ok. Back to Waldenyr.

PS: Após ler o rascunho, eu e a Gabe tivemos a conversa mais filosófica ever em uma aula de Teoria da Comunicação.

14.11.06

De todas as coisas do mundo, uma das que eu gosto mais é deitar a cabeça no travesseiro e pensar em coisas boas.

7.11.06

Eu entrei no meu blog, depois no Blogger, depois na minha conta, depois aqui e não sei o que postar.

Teve um dia que pensei em falar sobre o efeito dominó que a gente provoca em nossa volta. Mas não estou com muita empolgação. É sobre como os nossos atos podem influenciar direta ou indiretamente a vida dos outros. Às vezes, uma atitude corajosa pode criar adeptos e admiradores que tomem atitudes semelhantes. Eu vi isso acontecer comigo e com alguns amigos, e com certeza você já viu também. É diferente do conceito da "Corrente do Bem", porque não há o comprometimento e sim a espontaneidade. Apesar que o bom seria fazer o bem espontaneamente.

Viu? Não é meu dia para escrever. Hum... acho que vou falar da minha nova realidade. Ou não. Dos ciclos budistas? Não também. Da tv a cabo? Não... De Deus, da Jr, das vizinhas velhinas do 51? Nope.

O que me impede de lançar um livro com certeza é a preguiça.

4.11.06

O diabo veste Prada



É nessas horas que percebo que a vida passou e nem percebi.
Eu me lembro direitinho do dia em que li a resenha do livro O diabo veste Prada, ano passado. Fiquei com muita vontade de ler, mas infelizmente meu segundo ano de cursinho falou mais alto e a culpa de um vestibulando que olha desolado para a pilha de apostilas também.
Ou o tempo passou mesmo muito rápido ou foi a indústria cinematográfica que apressou-se em fazer a versão do livro para as telas. Qualquer que seja a alternativa, havia duas coisas que não estavam neste mesmo ritimo alucinado: eu e o cinema de Suzan City. Assim, quando a película entrou em cartaz (um mês depois do lançamento) aqui nesta terra cheia de encantos, lá fomos eu e minha mãe ver o filme. Minha mãe, pelo nariz da Maryl Streep, eu, por todo o resto.

A história ficou mundialmente famosa porque ela é real. Lauren Weisberger, a Andrea do filme e do livro, descreve como foi trabalhar de assistente de Anna Wintour, editora da revista Vogue americana. Ela, recém formada em jornalismo e dona de muitas estrelinhas por causa de sua competência jornalística, mas nenhuma no quesito moda, passou por maus momentos nas mãos do "diabo", ou seja, Wintour.
Além disso, a trama se garante pela atuação impecável de Streep, que dá vida a uma mulher horrivelmente amarga ao tom de suaves "that's all", pelo figurino (sim, eu também amo sapatos e roupas caras!) e pela história em si, pelo o que Lauren resolveu passar de lição a todos nós, sedentos pelo poder e pelo o que ele traz consigo.

Além disso, há momentos únicos: a aparição minúscula de Gisele Bündchen e a de HP 7, se é que vocês sabem do que eu estou falando.
Também há a maldita identificação: garota desajeitada tentando se adaptar a selva de leões. E outras cositas.

Por Maryl, pelos Chanel ou pela diversão, assista (mas como meio mundo já viu antes de mim...).

3.11.06

Acessar a internet numa lan house não é a mesma coisa.
É, meu pc "faleceu". No dia de finados, que coincidência incrível. Simplesmente parou de funcionar. Haverá uma operação de transplante de software hoje à noite e, levando em consideração que será realizada pelo meu irmão, médico habilidoso porém cheio de gambiarras, sei que o coitado terá sequelas se voltar do mundo paralelo dos pcs em coma.

Amanhã eu me mudo. Do Butantã para Pinheiros. Hu, exciting.

Domingo, se tudo der certo, Belas Artes com Vivian e Pri.

Depois, não sei. A whole new world.

Hum, cinco minutos para dar uma hora... Gotta go.

28.10.06

De muletas

Já faz um tempo que evito detalhar minha vida aqui. De contar o que realmente está acontecendo. Faço isso de forma muito subliminar, através de canções que não são minhas e frases curtas. Se acontece algo bom, vocês ficam sabendo. Por incrível que pareça, meus posts alegres remetem a momentos raros, que finjo serem muitos. Mas a verdade não é essa. Eu simplesmente quero parecer forte num dos momentos mais complicados da minha curta vida de duas décadas. E eu sei que muita gente lê isso aqui, desde pessoas que eu quero que leiam até pessoas que não deveriam, porque isso é um espaço público.
A Gabe vive repetindo que eu sou forte, que ela não seria tanto. Eu acho ela forte, mais que eu, até. Sim, muita gente entraria em depressão no meu lugar, mas isso não acontece, acho, que é porque não tenho mais tempo para isso. E porque acho que depressão não leva a nada. Nem fugas, como bebida, baladas e coisas estranhas a minha personalidade.
Muita coisa está acontecendo ao mesmo tempo. O fim de um namoro de quatro anos (a primeira das mudanças), a história - a mais triste - de dois amigos (melhores amigos) que se apaixonam e que depois tudo vira pó, o fim do casamento de meus pais, minha mãe como uma adolescente tentando salvar tudo em vão, minhas colegas de apartamento bêbadas rindo e falando alto às cinco da manhã sem se importar com a única que dorme, minha falta de concentração no trabalho e na faculdade, minhas tentivas de me reerguer seguidas por novos tombos.
É claro que há momentos em que me sinto bem. Descobrir que o apê em que vou morar a partir da semana que vem parece uma casa de família, conhecer umas pessoas novas que fazem cênicas e que me fizeram ter vontade de atuar denovo, me aproximar da Lu e da Gabe, que são pessoas maravilhosas, marcar um domingo com a Pri e a Vívian, ver que o Marcello também detesta certas situações, receber abraços espontâneos de pessoas espontâneas, vislumbrar um futuro com viagens ao exterior e árvores de Natal, ver Lost, ouvir Madeleine, o show do Zeca e o livro do Sherlock.
Esses dois últimos parágrafos estão acontecendo ao mesmo tempo e sinceramente não sei pesá-los na balança. Eu não sei o porquê de tudo isso. Sei que vai passar um dia, todas as turbulências acabam, já estou vendo alguns pontos de luz no meio da escuridão. Mas agora, eu não vejo uma razão; parece uma brincadeira estúpida de um Deus sarcástico. Forças, sim, as tenho. Mas para quê forças se tudo parece se desmanchar ao seu redor e só posso assistir? De dez pessoas que vêm falar comigo, cinco me perguntam se estou bem, se melhorei. E falar 'sim' é metade verdade e metade mentira. 'Mais ou menos'. Até eu estou com dó de mim e eu odeio isso. Odeio que sintam dó. Não sintam dó.
Dizem que essas coisas fazem a gente se sentir viva. Concordo, até certo ponto. A dor latente dá sensação de estar sempre alerta. Os tombos fazem a gente aprender muita coisa. Mas.... não sei se tantas doses de dor são tão benéficas assim. No começo, eu sonhava com coisas e chorava ao acordar e ver que eram mentira. Isso não é legal. Alguém pode achar que é um roteiro lindo para o cinema europeu. Mas na tela, é a personagem que sofre e não você.

Todos têm seus dramas. Essa é a parte 'tragédia' da minha vida e estou expondo-a para vocês. O que vocês farão com isso, se vão rir, se vão chorar, se vão parar no meio, eu não sei. Só espero que entendam e que não sofram por isso, o sofrimento é todo meu.

É isso. Sem metáforas. É a vida.
When I hear them say there´s better living
Let them go their way to that new living

26.10.06

Um dia quente. Uma noite abafada.
Em noites abafadas, quando eu era criança, ficava brincando até bem tarde na rua. Às vezes, a gente (um monte de meninas) ficava sentada no meio-fio contando histórias de ET. Outras vezes, pulávamos elástico. Ou andávamos de patins. Parecia que o calor prolongava a diversão e dava uma sensação de férias.
Hoje tive essa sensação denovo. Ao esquecer do mundo e sentar, eu, Lu e Wanessa, no CAC para assistir um ensaio de Hamlet. Antes de tudo, a saudade do teatro; de ter movimentos marcados, ensaiar e re-ensaiar a mesma cena várias vezes, jogar-se como em lugar nenhum você faria, ter a sensação de responsabilidade pela próxima fala que está por vir. Depois, pela noite abafada de infância. Nada para se preocupar, apenas em curtir aquele momento diferente e torcer por mais que estão por vir. A conversa boba, gastar uma hora do seu dia com algo útil, a cara de espanto pela perfeição dos gestos.
Depois, gente nova. Infância. Conversar com pessoas que nunca vi antes. Conversar mesmo, e ter assunto. E não assunto bobo. Assuntos legais mesmo. E rir, rir muito.
Noites abafadas. Sem nada para pensar. Descobrir pessoas, lugares e rir muito.

Taí.

25.10.06

22.10.06

A volta. A ida.

No ponto esperando o Bonfiglioli, encontro o Peão. Muita coincidência.
Depois, no Bonfa, dois caras começam a falar espanhol do meu lado. Um deles, sentado ao meu lado, o outro, de pé. Não eram feios, deviam ser argentinos.
Tenho certeza que uma hora falaram umas pornografias. Certeza. É uma ótima idéia, aliás, porque ninguém entende, só quem tá conversando.
No caminho, uma festa gay. Adorei. Vários homens musculosos dançando na rua. Gays sabem se cuidar mesmo. Que raiva.
Meu celular começa a tocar. Maldito dia que escolhi "Mexican Hat" para toque. Minha bolsa gigante fez com que a procura durasse a música inteira. Do meu lado, vi um deles fazendo um sinal de positivo para o outro. Deviam ser mexicanos então. Não pude deixar de rir.
De noite, a gente vê mais o que acontece no interior das casas. Televisões ligadas, pessoas andando, velhinhas indo dormir.
Meu ponto. Era o dos 'mexicanos - argentinos' também. Aliás, eles moram aqui no meu prédio. Haha. Não pude deixar de rir.

19.10.06

Da flor e outras histórias


Hoje arranquei o botão de uma flor e tentei abri-lo. Foi em vão. As pétalas caíram murchas e sem graça.
As coisas não funcionam assim. Leva tempo para que as pétalas se abram e fiquem perfeitamente curvadas e para que adquiram a sutileza de sua existência. É preciso quantidade exata de água e sol, nada mais, nada menos.
Foi aí que percebi: não adianta forçar, a natureza tem seu tempo.

Depois arranquei as pétalas. Deu mal-me-quer. Malditas dicotiledôneas pentâmeras!

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Hoje, pela primeira vez em talvez meses, eu jantei decentemente. Fiz aquela janta básica, mas ao fazê-la percebi: a vida está voltando ao normal.

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Hoje, uma epifania: Waldenyr sou eu amanhã. Com algumas diferenças, é claro!

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Viver como Garth. Ou como sua música.

18.10.06

Hino

Standing outside the fire
GARTH BROOKS

We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk the tables being turned

We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always comes with getting burned

But you've got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire

We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall

We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all

They're so hell-bent on giving ,walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire

There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly higher and higher
I can't abide
Standing outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire


I can´t abide standing outside the fire.

..................................

Porque nunca imaginava que aquilo me emocionaria tanto. Era como se eu esperasse por algo assim. E foi quando vi que estava vivendo, que estava viva.

15.10.06

Está tarde.
Acho que estes dias aqui me fizeram bater o recorde em posts.

Hoje meu pai me deixou escolher um livro. Hum... Sir Arthur Conan Doyle. O primeiro, para ir empolgando. Ainda não comecei. Os mistérios de Holmes são para mentes descansadas. Fiquei toda feliz agora porque vi que a mesma editora publicou uns 20. Ôba.

Depois, filme velho. Damon Bradley que na verdade é Peter Wright. Robert Downey Jr. e Marisa Tomei inesquecivelmente maravilhosos.

Faith: How could you do this to me?
Peter: Because I'm in love with you!
Faith: Ha! What kind of an excuse is that?


Queridos, é só por hoje. Não fiquem mal acostumados!

14.10.06

Na descida para o almoço, uma história triste de uma mulher doente. No restaurante, um rapaz magro canta I started a joke melancolicamente. Cada garfada é uma nota triste.
Uma rápida parada na loja de tranqueiras me faz sentir depressiva. Minha mãe compra dois copos para repôr os que ela quebrou ontem. "Eram muito finos". Cintos com a fivela enferrujada me fazem pensar em como alguém consegue vender aquilo. E alguém comprar. Saí pensativa.
Depois a visita à minha avó. "Pare de tremer a perna", minha mãe diz. O mesmo retrato comigo tocando violão numa época distante. "Não gosto, prefiro a outra", penso. Na despedida, sempre as mesmas palavras. "Tchau vó, tchau Seu Hermínio". Saí com vontade de visitar Portugal, meus tios vão.
Indo embora, o sol queima e o vento corta. O telefone toca: "casa", é só o que esse visor sabe dizer. Uma carona e mais histórias tristes de pessoas doentes. "A Anelyse vai ser daminha de honra. Você e a Amanda já estão velhas demais pra isso". É, estamos velhas.
Entro em casa e sento aqui. Nada de novo. Olho meu novo álbum mais uma vez. Escrevo aqui.

E é isso. É o que sobrou pra mim, after all.

13.10.06

Enfim, meio quilo de doce.
Uma tarde regada a todo tipo de porcaria que você puder imaginar.

12.10.06

As pessoas machucam.
Achei que elas só me machucassem, mas elas machucam todo mundo. Ainda, machucam-se. O tempo todo.
Não digo que eu não machuco. Eu firo também. Eu odeio ferir, mas sou também um ser humano.
Eu sinceramente não sei porque fazem isso.
Estou odiando o ser humano. Não temos veneno ou garras, mas temos nossas palavras e atitudes.
Abstenho-me do ser humano.

Afinal, a superficialiadade é a melhor saída.

11.10.06

Por que na vida tudo é tão errado?
Hoje eu pude ouvir a Pink cantando bem baixo no meu ouvido: Stupid Girl, Stupid Girl...
Porque posso ser forte, mas até os fortes são estúpidos.

Perecebi que desde o começo do ano venho vivendo uma enganação. Maya. Ilusão. Uma grande propaganda enganosa.

Tô fora.

E essa história entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra.

Meu pai na Folha de São Paulo



Atrás da mulher gritando.

Em:
Folha de S. Paulo
11/10/06
Capa

5.10.06

Nossa, to baixando Lost. Emoção.

Confessions of a Teoria da Comunicação class

A Josileide sorriu, mas quando sentou-se seu olhar baixo denunciava que sentia-se fracassada. Um quase choro anunciou-se em seu rosto. Um querer fugir abateu-se em seu ser.
De repente me identifiquei com sua tristeza inoculada.

4.10.06

Notícias do dia

- Popó vai deixar o boxe

- Comi ovo mexido com azeitona e que dei um toque de azeite mas que ficou muito oleoso

- Começa a nova temporada de Lost

- Roupas de Brokeback Mountain vão à leilão

- Aniversário do Swan

- Minha geladeira está cheirando azedo e não sabemos o que é. Provavelmente um anão se escondeu lá e morreu

- Amanhã tem greve dos bancários. Mas não dos banqueiros

- O orkut está de luto

- Eu chorei no meio da rua, mas já estou bem. Breve momento Sex and the City

- A segunda porta do banheiro feminino do CRP continua fechada. Abriremos inquérito sobre a geladeira e a porta do banheiro amanhã

- O céu estava azul

- Um cara começou a tocar sax na prainha às 4 da tarde

- Madonna adota menino africano de Malauí

- Minha mutação foi quase descoberta depois que as impressaoras entraram em conflito na Jr e na FEA

- South Park completa dez anos

Amanhã é outro dia.

3.10.06

O que é a vida, além do que um grande salão iluminado parcialmente, onde toca muita música o tempo todo e que está cheio de pessoas diferentes?
A luz varia de acordo com o que você está disposto a ver.
A música, de acordo com o que você quer sentir.
E as pessoas dançam com você de acorco com a luz, com a música e com o ambiente.

Às vezes, dançar sozinho faz você mexer mais os braços e cantar mais alto a música.

Às vezes, ficar num canto segurando um copo é relaxante, mas dá a sensação de viver pela metade.

O legal é deixar sempre a luz acesa e a música tocando.

O legal é sair da festa enquanto todos ainda se divertem.

* Hum... filosofia barata de esquina...

2.10.06

Nobody said it was easy

1.10.06

A franja de Brigitte Bardot.

A expressão de Bridget Jones.

Thaís, uma odisséia. Haha :)

26.9.06

No time.
No money.
No home.

I need some candy.

18.9.06

They burned this city



Motomix. Você sabe o que é? Eu sei o que foi.

Muita gente. Muitos estilos. Um único propósito.
A noite começou para mim com Art Brut. Não conhecia a banda e olha, foi uma boa primeira impressão. Os caras fizeram todo mundo viajar nas letras, canções e em cada explicaçãozinha antes das músicas. Passou muito rápido, queria mais.
Depois uma pausa. Annie? Não! Franz Ferdinand sobe ao palco enlouquecendo os desavisados. Uma hora e meia de total transe. A pláteia pirou, delirou, enlouqueceu. Não houve tempo para respirar. Um set list matador garatiu a noite e a vida de muitos.
Pausa loonga para tomar uma água. Tomei muito rápido, realmente não mata a sede.
Radio 4. Às quatro. Banda norte-americana que tentou com sucesso reanimar os quase desfalecidos. Mas ainda havia pique. Dançar eles nos fizeram. Eu, o Fe e a Juzinha dançando como loucos.
Cinco horas. Tem mais? Nossa, cansei. Mas valeu a pena. Pequena como sou ainda reinvidico ordem de tamanho. Mas agradeço ao Rafa por me deixar acima da multidão quando os pés não eram suficientes.

Tem mais?

15.9.06



Estou combinando com a Pri de ir ao Butão.
Hum, seria bom, sei lá.

Talvez não tenha o show que eu fiz um show pra não ir e depois outro pra ir.

Eu gosto mais de telefone, definitivamente.

Quem quer ir ao Butão comigo e a Pri?

13.9.06

"So, darling, save the last dance for me..."

9.9.06

O sol,

Uma balinha de leite que veio do Japão e que tem gosto de infância,
Uma visita inesperada e o abraço do maior amigo,
Todos os amigos no msn,
O Mercadante na minha esquina, que eu não vi porque desceu a rua,
Um poema do Mário Quintana que diz toda a verdade,
Tartarugas nadando no laguinho,
Ver Bart Simpson gordo correndo de skate,
Cortar o cabelo e ver que ficou legal,
Ver as roupas secando no varal como se ali descansassem.

E mais. Que ainda está por vir.

7.9.06

Eu encontrei essa animação no site Brainstorm #9 . Ele se chama Kapitaal e mostra de maneira diferente o quanto de informação recebemos em qualquer lugar que estamos. Está aí algo a se pensar: para os publicitários, até onde posso ser criativo para chamar a atenção com meu anúncio ou produto? E para todo mundo, até onde sou influenciado? Até onde a publicidade me atinge? Até onde o mundo é apenas mundo?

Vejam vocês mesmos:

Eu não sei dançar,

Eu não sei me vestir,
Eu sou toda torta,
Eu fui reprovada no teste de bailarinas,
Eu tenho um dedão maior que o outro,
Eu levei um não diversas vezes,
Eu sou uma cozinheira medíocre,
Eu não presto atenção quando alguém famoso vem falar comigo,
Eu na verdade não presto atenção em nada por mais de meia-hora,
Eu não sei assoviar,
Eu não sei me maquiar,
Eu não sei ser falsa,
Eu não acredito nas coisas que ouço e me dou mal, eu acredito e me dou mal,
Eu não sei parar quando ando de bicicleta,
Eu não gosto de cerveja e nem de encher a cara,
Eu não gosto de gente fútil,
Eu não gosto de criança falando alto no cinema,
Eu gosto de ver filmes sozinha,
Eu sempre tive aquela amiga que morria de rir enquanto eu chorava,
Eu já fui assediada pelo cobrador de ônibus,
Eu não tenho um ipod nem um diskman,
Eu odeio quando os outros tem pena de mim,
Eu não tenho dinheiro sobrando,
Eu sou desorganizada,
Eu choro em filmes ridículos e em situações ridículas,
Eu falo besteiras por impulso,
Eu tenho minhocas na cabeça,
Eu não sei depilar a perna,
Eu peço desculpas mil vezes,
Eu gosto de Betty, a Feia,
Eu não sei contar meus segredos aos meus pais,
Eu costumo fingir diversão nas baladas,
Eu sempre me apaixono pelas pessoas erradas,
Eu tenho uma bola de 14 anos que não serve para nada,
Eu sempre acho que sou dona da verdade,
Eu sou péssima esportista, uma atriz medíocre e uma cantora sofrível,
E eu não consigo esquecer facilmente.

Mas eu continuo aqui, viva e vivendo.

6.9.06

Tudo que eu queria fazer agora era pôr um par de óculos escuros, amarrar um lenço bem bonito na cabeça, entrar em um carro antigo conversível e sair por aí. Correria milhares de quilômetros, parando em cada cidade que me chamasse a atenção só para conhecer seu povo. E não ficaria mais que um dia, pois quanto mais a gente se apega, mais difícil é deixar tudo e continuar a viagem.
Porque só assim me sentiria bem de verdade. Porque só na estrada e só no olhar curioso das pessoas que nunca antes eu vira que poderia esquecer que aqui as pessoas entram na nossa vida, bagunçam tudo e simplesmente vão embora. E que antes disso ainda deferem o golpe final, que elas simplesmente dão porque têm medo de se apegarem.

Sol, velocidade e Garth Brooks.

3.9.06

Quando??

26.8.06

O ócio só é bom quando se está fazendo algo de útil...

25.8.06

A maluquice é algo amedrontador. Não, não a maluquice dos outros, Gautiê vestido de formando, mas a sua maluquice. Aquela que atormenta a sua mente. Só a sua, maluquice.

Como explicar? A gente cria as coisas e nelas acredita. Podem ser verdade, podem, mas mesmo que sejam 10% do que você criou, nunca é da forma que você imaginou. A tentação de dizer "ou é?" agora foi gigante, vejam só minha doideira.

Não sei, acho que ser maluco é bom, mas demais cansa.

22.8.06

Sobre escrever

Não ando estudando muito...not at all...
O trabalho em que estou mais me empenhando é sobre um roteiro...humm...é quando posso fugir um pouco dessa coisa de Khotler, Sapir e Shaff. É ótimo tê-los para aumentar o grau de conhecimento. Mas sem eles vivo muito bem também.
A professora gosta de novelas. Para ela o previsível é lindo e o inexplicável implausível. Seus ajudantes adoram citar nomes para parecer que não estão ali por nada. A nossa história fica à merce da novelista e dos "wannabe" qua a acompanham.
Elas disseram: um gênio nasce gênio. Como assim? Então minhas esperanças acabaram? Tchau prêmio Nobel? Tá, até concordo que, de acordo com argumentos que muitos não entenderão, você já nasce com uma bagagem. Ok, Mozart tem vantagens no mundo de hoje, mas... não é uma verdade universal.
Eu fiz um romance. Na verdade poucos capítulos magros de um romance pequeno. Uma farsa. Péssimo. Mas é aquele trequinho tosquinho que você não larga de jeito nenhum. Um dia eu termino. É que não tem fim ainda. Já falei, apenas meia-dúzia de capítulos magros.
Tenho muita vontade de escrever livros. Mas tenho medo de ser "a publicitária que agora resolveu escrever", como "o cantor que virou ator ou vice-versa". Mas eu já escrevia antes, poxa!! Não é justo. Vocês não vão pensar isso de mim na minha noite de autógrafos. Ok, não sei se haverá uma. Mas eu posso autografar umas cópias. Para vocês rirem depois. É claro, farei umas dedicatórias engraçadas. Mas só para vocês. O resto tem que acreditar que eu sou aquilo que me propus.
Ah, sou uma farsa. Riam, sou mesmo.

Amanhã tem mais. Tem reunião com a noveleira. Ah, ela é boa, eu que sou chata.

19.8.06

15.8.06

Estou desacreditada.
Da vida, de tudo. Dos valores, das alegrias.

Pode ser uma maré de pessimismo, pode ser uma realidade latente que de vez em quando aparece.

Hoje recebi um texto do Wagner Borges que me ajudou um pouco:

"Aqui estamos nós, rodando nesse lindo planeta azulado.
Porém, ficamos perdidos num monte de ilusões.
Não encontramos a nós mesmos.
Deixamos de ser deuses e ficamos confusos.
Nem parece que viemos das estrelas...
Parecemos simulacros de nós mesmos.
Bloqueamos nossa luz com camadas de emoções grossas.
Faixas escuras enrolaram nossos corações.
Esquecemo-nos do céu e do tesouro que portamos.
Por isso, sempre nos lembramos das ofensas que nos fizeram.
Mas, algo dentro de nós não nos deixa desistir de sonhar.
Há uma luz que não se apaga, jamais!
Há algo em nós, um tesouro, uma luz estelar.
É luz imperecível. Faz pensar no amor e na paz.
Mesmo que ninguém entenda, essa luz faz sentir algo a mais.
(...)

Mesmo que ninguém entenda o porquê, vamos tentar ser felizes?
Por mais que nos critiquem, vamos rir mais, até de nós mesmos?
Vamos valorizar mais as amizades e sentimentos reais, contentes por isso?
(...)"

Vou tentar Wagner, vou tentar...

13.8.06



Faça agora tudo o que você quiser fazer. O que você tiver vontade e que vai ser legal. Tudo o que para você for certo. Tudo o que deve ser feito.
Faça agora.
Agora.
Não deixe o momento passar.
Ele ficou no paraíso. Ela foi para o tietê.
Ela foi comer pastel com os pais.

10.8.06



Fiquei com vontade de escrever. O que escrever não sei. Juro, tá saindo tudo agora.
Pode ser uma conversa entre eu e você, raro leitor do meu blog. Ok, ok, nada de conversas né? Tá bom. Ah droga, li tudo. Não queria rever o passado, não mesmo! Sabe, como estas palavras, minha vida está sendo meio assim, sem pensar no próximo passo. Sem olhar para trás. Clarice Lispector fazia isso. Nunca revisava um texto. Entregava pro editor sem conferir. É porque senão ela jogava tudo fora, achava tudo um lixo.
Sou assim com meus textos também. Você tem sorte de o ler, ia deletar na certa.
Clarice é uma rainha mesmo. Sabia que um segundo antes de morrer, ela, na cama do hospital, olhou para o médico e disse: "Doutor, você matou minha personagem!" e pimba. Pois é, que loucura... Clarice é diva. Ela sim poderia pegar aquele sabonete e dizer: "sou uma diva". Queria ser uma diva. Estou trabalhando nisso. Vamos ver.
Estou parecendo Machado agora. Pronto, acabou a digressão, volte à realidade.

6.8.06

Um dia resolvi sair de casa sem dizer adeus. Os pés, frágeis da clausura, iam trôpegos. Olhar para trás não fazia parte do plano. Saí.
No caminho, o pensamento vazio. Não se preocupar. Ninguém para se preocupar. A paz.
Algumas pessoas se interessavam pelo meu caminhar. Alguns não me perceberam passar. Outros, invejavam meu rumo.
Andei demais. Sem cansar. A cada novo passo, uma nova descoberta. De pés, de coração, de nada.
Aí, quando pensava que estava solta, a dor me fez cair de joelhos. Lembrei-me porque resolvi sair de casa sem dizer adeus. E de joelhos estou. Em casa.

5.8.06



É...correria...
Os segundos escorrem por entre os dedos.

Coisas novas. Coisas boas.
Uma nova filosofia.

Desafios. Dos grandes. É preciso coragem.

O bom seria um mundo menor. E um tempo maior.
O bom é acordar e ver o sono. E sonhar acordado.

1.8.06



huhhh, tchu tchu

23.7.06



Inconstante.

22.7.06

Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo
(Drummond)
Tudo que sei é que a vida é uma inconstância constante.

8.7.06

O primeiro post a gente nunca esquece...

17/07/2002 23:10
Olá. Sou novata. é meu primeiro dia.
Bom, primeiro quero que me conheçam.

Meu nome é Thaís, e sou de Suzano, sp

Quem sou?










Este é um Arlequim. Faz parte da COMMEDIA DELL'ARTE. Outro dia escrevo só sobre isso. O que importa é que a Commedia Dell'Arte está diretamente ligada com o teatro, e teatro é o que eu mais gosto de fazer no momento.









Bom, esta é a cena da peça COMA-ME, do grupo teatral OS CONTADORES DE MENTIRA. Faço parte das oficinas livres dos Contadores de Mentira e adoro!!!
Se quiser saber mais sobre Os Contadores entre: http://www.suzano.sp.gov.br/ e entre em teatro. Saberá muito do que precisa.

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Parabéns, Comédia e Tragédia, por seus 4 anos. E parabéns a sua dona, lindona.

Fiquei com saudade daquela época... Aqui estão algumas fotos daquele ano:


Eu, antes do Casamento Caipira


Um vampiro (Rogério), um Zorro (Fábio), um pirata (Junior) e um arlequim (Felipe).




Eu, Cíntia e Bruno, monitores em treinamento da Wizard.

É engraçado...
O Jr. falou que eu parei de fazer post elaborados. Que falo de bandeiras e fungos...

Bom, tudo é relativo...

Uma musiquinha então:
(É cantada pela divina Madeleine Peyroux. A autoria é de outra diva, Billie Holiday.)

This is heaven to me

When I hear them say
There's better living
Let them go their way
To that new living
I won't ever stray
'Cause this is heaven to me

Long as freedom grows
I want to seek it
If it's yes or no
It's me who'll speak it
'Cause the lord, He knows
That this is heaven to me

If you've got your hands
And got your feet
To sing your song
All through the street
You raise your head
When night is done
Shout your thanks up to the sun

So when I hear them say
There's better living
Let them go their way
To that new living
I won't ever stray
'Cause this is heaven to me
'Cause this is heaven to me

Link para ouvir: Madeleine Peyroux - Careless Love

6.7.06

Yeah, I'm a fungus. But sometimes I feel like I'm not.

5.7.06

"Tears in her own eyes now. Big ones.

JULIANNE
And I was blinded by love. Like you said.

Shaking her head...

JULIANNE
But that doesn't excuse any part of it. I am pond scum.
No...

JULIANNE
Actually. Lower. I am the fungus that feeds on pond scum. Lower.
The layer of mucous that cruds up the fung...

MICHAEL
Lower.

JULIANNE(agreeing)
Lower.

MICHAEL
The pus that infects the mucous that cruds up the fungus.

And to her amazement. The trace of a smile..."

2.7.06



Não retirem as bandeiras. Não é brega ser patriota depois de uma Copa.
Será tudo marketing?

30.6.06

Semana muito boa essa...

28.6.06

Hum.... nada melhor do que uma tarde debaixo das cobertas, assistindo sessão da tarde, comendo pipoca e tomando leite quente com nescau...

Isso é que é férias, iguais às minhas tardes de inverno da infância... além de sessão Pica-Pau e cochilos...booom...

27.6.06

Como ando sem muito assunto e particularmente sem muitas palavras, vou re-postar aqui uma série que foi succeso de público e crítica no meu antigo fotolog, http://www.fotolog.com/neferthais/, e que se chama John e Mary: Desavenças de um casal. Os créditos sobre tudo são meus, ha!

Episódio 1 - Mary, a exibida



Episódio 2- O ataque do Godzilla


Episódio 3 - A fada da floresta


Episódio Final - Mestre Threepwood

24.6.06

Tristão e Isolda

Tudo começou com um inocente (mas animal) jogo de computador, o Gabriel Knight 2, que entre outras tantas coisas, fazia a personagem visitar vários locais da Alemanha, como o castelo de Linchenstein e o museu de Richard Wagner. Qual a ligação entre ambos? O castelo foi construído por Ludwig II, um dos mais célebres reis da Bavária e amigo íntimo de Wagner. O compositor, por sua vez, compôs a ópera Tristão e Isolda, sobre a famosa lenda celta de amor. Ludwig II, então, decorou seu castelo com temas da ópera, e aí está a ligação. Dada minha curiosidade, ameacei ler o livro, mas só ameacei. Até peguei na biblioteca, mas talvez meus 15 anos não fossem suficientes para absorver tal conteúdo. Tudo ficou do mesmo jeito até ontem, quando super-empolgada, fui assisitir o filme.
A história se passa no pós império romano, na alta Idade Média. Naquela época, a Irlanda e as diversas províncias que formariam a Inglaterra travavam uma quase
guerra, com ligeira vantagem da ilha à oeste. Tristão, um jovem empenhado em ajudar os 'ingleses', é tido como morto e seu barco funerário levado até a Irlanda, onde é achado pela bela princesa Isolda. Eles se apaixonam, mas ela é prometida a outro homem e não vou contar o resto porque quero que vocês assitam.
O filme é do mesmo diretor de Robin Hood e O Conde de Monte Cristo, Kevin Reynolds e conta com a produção de Ridley Scott, de Gladiador. Especialistas em filmes de época só poderiam fazer outro do mesmo cacife. A reconstituição de época é um ponto forte e chama a atenção. Tristão é James Franco, que conseguiu, na minha opinião, afastar-se do mimado Harry Osborn de Homem Aranha e cumpre bem o papel de mocinho. Já Sophia Myles, a Isolda, é novata e talvez seu rosto desconhecido tenha sido favorável para dar um tom de imparcialidade à sua atuação.

O filme é bom, gostei, assistam.

23.6.06

Profeta Gentileza

Quando fui ao show da Marisa Monte em 2002, ela contou a história do Profeta Gentileza, que dá nome a sua canção (abaixo). Disse que estava acostumada a ver nas ruas do Rio de Janeiro as palavras do poeta e, que ficara triste ao voltar à cidade um dia e ver que haviam pintado alguns muros onde ficavam suas poesias. Por isso fez a música. Quando estava indo para a rodoviária do Rio, na minha ida a Petrópolis, vi várias colunas com as famosas do Profeta. E também vi como realmente elas passam despercebidas na correria do dia-a-dia e em meio ao caos urbano. Por isso registrei uma das obras de Gentileza e coloco-a aqui para vocês lerem, porque é de uma simplicidade gigantesca, mas de uma sabedoria que poucos têm.



Gentileza
Marisa Monte

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

22.6.06

Compare: agora essa é comigo!

13.6.06



Vou-me embora pra Petrópolis, lá sou amiga do rei...

Meu blog volta na terça. Ops, eu volto, meu blog fica. Eu postei bastante, então tenham boas leituras, queridos amigos!

12.6.06

Estou fazendo um trabalho irritante sobre charges relacionadas a trabalho. Tá, é irritante, pois há muita informação e pouca coisa que preste. Mas peguei aqui uma entrevista da Caros Amigos com o Henfil, famoso cartunista, irmão do Betinho, ambos hemofílicos, ambos mortos devido a negligência do Estado. A entrevista é realmemente emocionante, talvez não a use no trabalho, mas posso usá-la na minha vida. Resolvi separar um trecho em que ele fala do consumismo - desse consumo maquinicista - e de como somos livres de discernimento neste ponto.

Henfil, como é que você imagina, hoje, o encontro entre um punk e um hippie da década de 60?

Um encontro entre o shopping e o MacDonald’s. Os dois são produtos fabricados, fabricações de laboratório. Não vejo o menor conteúdo político, social ou econômico nesses dois fenômenos. Eles só existiram porque são inofensivos e portanto interessam, podem ser veiculados pela imprensa, pela televisão... eu já tenho algum tempo de vida pra ter assistido a fenômeno semelhante, como o ator James Dean, de Juventude Transviada – surge um comportamento padrão para que determinados tipos de pessoas possam se enquadrar. Você veja que, de um lado, aqueles que se enquadram como punks usam roupas iguais às de seus idealizadores americanos porque qual é o punk brasileiro, por exemplo? É o trombadinha. Então, o produto estrangeiro veio, os caras adaptam. Agora, nós temos a grande massa que se identifica com um outro modelo que é o do corredor que usa Adidas, esportista, aquelas coisas. Enfim, o que nós temos são fábricas, os criadores se sentam em volta de uma mesa, e a partir do zero criam alguma coisa, fazem o produto e as pessoas vão lá e se enquadram no produto, consomem o produto até que uma nova fábrica tenha no seu departamento de criação uma nova idéia... as pessoas largam aquela e passam a adotar essa. É mais ou menos como se a indústria farmacêutica fizesse o seguinte, e faz: cria o remédio, depois cria a doença.
Até fiz um cartum que é assim: um cientista chegando pro dono do laboratório, falando: “O seu remédio foi aprovado, agora o nosso departamento de marketing está estudando a criação da doença”. É isso que a gente vê por aí. (...) Você veja como de repente a Sony lança o walkman e todo mundo passa a usar o walkman. Bem, resolveram criar a discothèque. Bolaram todo um plano, depois criaram alguns filmes. Aqui no Brasil juntaram alguns compositores, pegaram As Frenéticas e criaram o Dance, Dance sem Parar... veio a Rita Lee e entrou, veio Gil e entrou, veio Caetano e entrou, todo mundo entrou, prepararam e todo mundo saiu dançando, e pra isso precisava um tipo de sapato que era meio de saltinho alto, meia colorida comprida, um tipo de saia, um tipo de bustiê, um tipo de coisa amarrada na cabeça, óculos multicoloridos; e os homens, a camiseta, com os braços de fora, um cintão, um botinão, uma calça superjusta e colorida, enfim, como o Travolta aparecia no filme. E aí todo mundo saiu consumindo isso. E muito dinheiro foi ganho pelos produtores dessa cultura dita universal. Você pode, inclusive, comprar ações dessa cultura, você vai na bolsa de valores e pede: “Eu quero ações dessa nova cultura que vem aí”. Então eles falam: “A nova cultura é Rhodia”. Você compra ações da Rodhia e aí você vê grandes nomes da música, da literatura e do cinema que passam a ser empregados dessa Sociedade Anônima Cultural.

Leia na íntegra:
Entrevista com Henfil - Caros amigos

11.6.06

Lost

O modem do Junior ressuscitou essa semana e por isso pude voltar a assistir a melhor série de todos os tempos: LOST.
Estou na frente de muita gente que assina AXN, pois na net os vídeos vêm com alta qualidade e já legendados. Na verdade estou no episódio 2x21.
Há muita especulação sobre qual é o grande segredo da ilha e, é realmente uma jogada de mestre dos escritores de, mesmo mostrando milhões de novos elementos a cada episódio, não terem mesmo assim revelado qual é o ´big deal´. A cada novo acontecimento, você, ao invés de entender tudo, fica com mais cara de ué e mais desesperado em saber o que virá a seguir. Lost é tão bom porque não é uma história óbvia, você nunca acerta um chute do que irá acontecer. E coisas muito importantes pelas quais você esperou muito passam diante dos seus olhos sem nenhuma cerimônia, sem suspense barato.
As personagens são um caso a parte: com flashbacks inseridos na história, você conhece a vida de cada uma delas e, acredite, ninguém é perfeito, e o mais inacreditável - algo liga todos aqueles que pegaram o vôo 815 da Oceanic Airlines. O que é? Não sei, ninguém sabe. Ao mesmo tempo que eventos extraordinários se desenrolam na ilha, você ainda vai descobrindo que a convivência entre os sobreviventes é algo ainda mais complicado.
Enfim, a melhor série de todos os tempos. Fiquei com vontade de escrever sobre depois de assistir a mais um episódio ontem e antes de outro, hoje. E porque vale a pena quebrar a cabeça nesta trama única e que trata o telespectador como ser pensante. Você quer ficar perdido em Lost? Então assista.

10.6.06

Estou muito musical nestes últimos posts...
Queria colocar a letra de uma da minhas músicas favoritas e que aliás estou ouvindo agora.
Ela também vai no clima do Dia dos Namorados....

Walking after you - Foo Fighters

Tonight I'm tangled in my blanket of clouds
Dreaming aloud
Things just wont do without you, matter of fact
I'm on your back, I'm on your back, I'm on your back

If youd accept surrender, I'll give up some more
Weren't you adored?
I cannot be without you, matter of fact
I'm on your back,

If you walk out on me,
I'm walking after you
If you walk out on me,
I'm walking after you

Another heart is cracked in two, I'm on your back

--------

Ah, queria também desejar os parabéns para meu irmão Vinicius, que tá completando 28 aninhos hoje. Pique pique!

9.6.06

Estou aqui sozinha, sem ninguém para conversar no msn, ouvindo Dream Theater, a Victoria e tal... isso faz a gente refletir bastante... sobre tudo, sabe? Nas pessoas, amizades, na sua vida, poxa, na Victoria também (como Finally Free assusta a gente, aquela parte dele chegando em casa, ok, fui para Strange Deja Vu, é mais animadinha). Sabe, me lembrei do show do DT no final do ano agora, demos muita sorte de ouvir o Metropolis pt.II... mas...parece que faz tanto tempo! Lembro-me que tinha acabado de fazer a primeira fase da Fuvest...pela quarta vez! Ainda bem que foi a última, mas enfim... depois aconteceu tanta coisa! Inclusive não sou a mesma Thais de dezembro do ano passado... tanta coisa! É engraçado como a vida da gente muda de uma hora para outra...mas muda tanto que uma hora você não tem mais certeza sobre o que vai durar e o que não vai....talvez esteja um pouco sentimental porque minha amigona vai para Boston...queria dar um presente legal para ela, sabe? Tipo aquele bagulhinho que a Sol tinha, de neve e tudo... putz, é *oda. Às vezes queria que o tempo parasse...
Aquele da greve

É amiguinhos vestibulandos, hoje falarei sobre o maior evento da USP, não, não é o JUCA; é sim aquilo que você sempre ouviu falar, sabe, aquilo que sempre te alertavam, mas você não tava nem aí porque o que você quer é mesmo passar na USP: A GREVE.
Pois é, ela começou. Incrivelmente bem escolhida, seu inicío, dia 8 de junho, bate (olha que COINCIDÊNCIA) com o dia do pagamento (dia 7) e com a Copa (dia 9). Que trabalho de gênio esse do pessoal do Sintusp.
Sabe o que é mais legal de tudo? É que você continua tendo aula, mas NADA funciona na USP. Não tem circular e você é obrigado a ir a pé (ou pagar os 2 reais mais caros de sua vida). Não tem o fantástico bandeijão e você começa a realmente achá-lo fantástico. Não tem biblioteca, não tem NICA, não tem guarda, ou seja, não tem po**a nenhuma. E você, que estudou anos no cursinho, começa a achar que centenas de reais por mês era realmente muito caro.
Olha, eu entendo a ideologia do caras, putz, sou super a favor de salários justos e tudo mais, só que não consigo engolir essa greve. Sabe o que é o pior? Em vez de se juntarem e irem fazer um ato na Paulista, eles ficam sentados na grama da reitoria comendo churras a preço custo. É mole? Isso porque vocês não sabem do pior: semana que vem terá um maravilhoso TELÃO para assistir a Copa. Não é lindo? CADÊ A IDEOLOGIA? ONDE ESTÁ O SENSO DE CIVILIDADE, a luta por um Brasil melhor??? Sabe onde tá? No espetinho de frango e na FOLGA desses caras!!!
E é TODO ANO!!! Se eles pelo menos deixassem os que querem trabalhar ir, mas NÃO! Eles fazem piquete!!!!

Estudem para passar, amigos vestibulandos, e, quando passarem: SEJA CONTRA A GREVE!
Dica cultural



Vale a pena. Eu já assisti.

4.6.06

Estou fazendo uma pausinha aqui entre um case e um briefing.... Esse povo da ECAjr. deixa a gente louquinho.

Ah, como estou com estafa mental e não consigo pensar em mais nada que não seja esses trecos malucos aí de cima, vou fazer uma homenagem a todos os sapos e a todas as porquinhas do mundo:

See ya!

3.6.06


Esse nômade sou eu. Este camelo é meu blog.
Viajei com meu camelo através dos gélidos e áridos desertos que são o Blig e o Blogger.br. Fui despejada várias vezes e desrespeitada em outras. Tentaram me calar, mas não! Eles não conseguiram!!!! Já não sou mais a Fênix, sou Azazel, espírito que pode encarnar em qualquer ser vivo em raio de quilômetros!
Meus amigos, sejam bem-vindos a minha nova casa, aqui no blogger.com, um oásis que acolheu esse nômade e seu camelo.
E agora uma frase de agradecimento a minha última morada, que me acolheu tão bem antes de me despejar:

Chupa Globo.com!!!
Reflexões (oba, já era hora)

Olá, queridos amigos. Gostaram da galeria Tim Burton? Espero que sim. Sabe, se pudesse trabalhar para o Tim Burton, eu trabalharia. Mesmo com um diploma da USP nas mãos, eu serviria cafezinho para o Tim Burton. Sem palavras. Se o Kubrick estivesse vivo, poderia ser a tia dos cafezinhos para ele também. A vida é engraçada. Na verdade, ela me lembra trem da CTPM às seis da tarde chegando em Suzano. Nossa, ah, e com você saindo dele. Seria como um transporte passivo, como estava conversando com a Marcela esses dias. Você não tem opção. Sai, flui direto para a plataforma. Minha vida tem sido assim faz uns três anos. Sério. Fluindo, fluindo. Cursinho. Não passou. Cursinho. Passou, oba. Faculdade. Moradia. Trabalho. Prova. Pensa, pensa. Só sei que aos setenta anos quero, neste mesmo dia, acordar, tomar leite com Nescau radioativo, pensar na vida, sentar numa poltrona confortável, ler o jornal (será que ainda vai existir?), abrir um livro, conversar com meu marido também idoso, brincar com meus cães de dois rabos, fazer o almoço para meus filhos e netos e depois pegar minha Harley e passear. Seria legal. Podia estar numa rede na frente da praia também. Seria bom. É, seria mesmo. Será que os cachorros terão dois rabos? Pelo menos assim eles poderia expressar mais sua alegria "quero passear, quero passear, ai, um rabo bateu no outro, quero passear". É... nada como ser um cão com dois rabos. Hoje é aniversário da minha vovó. Ela faz 81 anos. Legal né? Será que ela pensava que quando ela fizesse 81 anos a neta dela escreveria numa caixa brilhante sobre ela? Será? Então, o que nos espera aos 81? Hein? Pense nisso. Uau, vou acabar com isso. Vocês já se torturaram demais. Beijinhos
Sexta-feira, Abril 21, 2006

Ah, não tenho muito para falar. Mas o pouco que vou falar é muito, se é que você me entende. Fui ao Café Acadêmico com Fernando Meirelles. Depois de assistir Jardineiro Fiel, falar com esse cara sobre o assunto me empolgou bastante. Ele respondeu a uma pergunta minha, quer dizer, 'meio' que respondeu. Mas não tem importância. Eu gostei mesmo assim. Em breve postarei uma foto dele aqui no Café. É triste saber que muitos dos meus amigos de blog sumiram. Assim, desapareceram. Se você é um antigo amigo blogueiro, comente aqui, quero saber como anda a sua vida. É engraçado também ver o número de visitantes. Não estou reclamando não, mas sei lá, é engraçado. O comédia antigo teve no total mais de 28 mil visitantes, e eles vão lá até hoje. Claro, estou escondida numa bat-caverna, ninguém me encontra aqui. Mas, como sou exibicionista, sinto falta das 100 visitas diárias de quando meu blog era famoso. Quer saber? Um dia espero ter 100 visitantes por dia, mas desses 100, quero que todos sejam meus amigos. Quero 100 amigos. No orkut tenho 260, mas quero 100 amigos de blog. Meu Deus, estou ficando louca. Hoje é dia de Tiradentes. Mas, será que ele existiu mesmo? Pense nisso. Tiradentes é um herói? Você quer morrer enforcado como ele e depois ser esquartejado por ser o mais pobre do grupo? Eu não. Para falar a verdade, Tiradentes é bem brasileiro. Eu proponho agora um feriado para Ayrton Senna. Esse sim eu queria ser. E você?
E ele renasce das cinzas...

Pois é. Você achou que ele havia morrido, mas não! Ele está sempre vivo! Comédia e Tragédia é como a Fênix, sim, ela, não, Fawkes não, mas a fênix que habita em meu blog. Well, só o endereço é que mudou. Olhe aí em cima, mudou, não é? Se você visitar o antigo, lá estarão as cinzas da minha fênix. É isso, enjoy!