29.3.09

Eventos inesperados e agradáveis.
Adoro surpresas.

7.3.09

a um passo.

Poucas coisas me fazem chorar. Mentira. I´m a cry baby..
Mas uma delas é essa coisa que a gente sente aqui dentro e que nos faz ficar um poquinho mais humanos.
Isso pode acontecer com um livro ou um comercial de tevê. Ou pode acontecer com um seriado americano enlatado.
Não sei qual a força que nos faz emocionados. Só sei que o que acontece aqui dentro é uma sucessão de epifanias, eclodindo como bolinhas de gel, uma atrás da outra, e todas somando-se numa avalanche de aperto no coração, vontade de fazer nossas vidas mais significativas e mais relevantes.
Este momento passa, mas não devia. Ele devia ficar cravado em nós, em cada segundo.
A humanidade deveria fazer de nós humanos. E não de sermos humanos pois temos momentos de humanidade.

3.3.09

televisão com cachorros

O barulho da rua é quase ensurdecedor. Buzinas, motores, gente falando, gente gritando, gente andando. Ali, a dois palmos de toda essa confusão, uma mulher parece alheia. Ela tenta a todo custo espremer um tubo de pasta de dente com um espelho barato. Sentada na calçada, veste uma blusa em frangalhos e sandálias de salto. Sua pele, que há tempos esquecera do que é banho, é levemente acariciada por seus dedos magros.
Os passageiros de um ônibus distante observam a cena, curiosos. Não é nada que lhes diga respeito, eles nada podem fazer. A realidade é muitas vezes um grande filme que a gente assiste com baldes de pipoca e coca-cola.