29.10.09

tragédias e comédias.

Às vezes eu falo do porquê do título desse blog. No começo, era porque eu fazia teatro e gostava de brincar com o ícone dessa arte. Ah, e tinha o outro motivo, e este permanece até hoje.
Se você parar um minuto, vai descobrir. Mas é o seguinte: as comédias e as tragédias não são a essência de nossa vida, mas digamos, são seus ápices opostos. A comédia é o ápice da felicidade, o rir desenfreado, o não se preocupar com nada além do que se vê. A tragédia, o ápice da loucura de nossas desgraças, aparece sem avisar e nos joga para baixo como uma batida de caminhão.
Sobrevivemos às comédias e, principalmente, sobrevivemos às tragédias. É isso que nos faz humanos, sempre aprendendo, sempre crescendo e toda aquela ladainha que a gente lê nos livros de auto-ajuda e nos powerpoints que nossos parentes nos enviam.
Mas é um saco. É um saco quando a gente vê que a tragédia está próxima. Se você for vidente já está acostumado, mas se não... é um saco. O pior é quando ela pode ser evitada, mas você não pode fazer nada a não ser esperar que aconteça. Momentos de bravura, como os do Mel Gibson ou do Bruce Willis, quando se jogam na frente da bala ou detonam o dispositivo explosivo em um asteróide... quem realmente se arrisca dessa forma? À estas pessoas construimos estátuas e nomeamos ruas, mas daí morremos todos e ninguém se lembra de quem foram nossos heróis, além dos pombos ou do Google.

Eu não sei por que comecei este post. Mas valeu pela reflexão.

Um comentário:

Monstrinha disse...

Hahahaha! Esse post fala de tragpedia com senso de humor. Me fez pensar em todas as comédias e tragédias que já vivi esse ano.
Aliás, eu acho que fazer comédia é a melhor maneira de se sobreviver à tragédia.