30.1.07

Baixando nessa velocidade eu não ouço nada nunca!
Porque a música deve ser compartilhada e não apenas pelos programas de compartilhamento ou pelo cara que vende na calçada nem apenas pela gravadora que faz cds que depois vende os cds. Deve ser colocada nas ruas enquanto as pessoas estão paradas no trânsito. Deve ser colocada nos estádios de futebol para animar a torcida. Deve ser implantada como um chip que a gente escolhe de acordo com o estado de espírito.
A música deve estar aí o tempo todo.
Não só nas buzinas, não só no martelo, não só no motor do carro, não só no Faustão gravado com guitarra sem cabo no amplificador.
Deve estar no meu m.p.3, no seu i.p.o.d, no seu w.a.l.k.m.a.n.
Porque deveríamos fazer uma revolução imediata.
Deveríamos pôr fogo nas ruas e quebrar as vitrines.
E depois deveríamos pular como macacos e coçar a cabeça.
Porque é assim que eu imagino.
E daí roubaríamos o .mp3 de ouro.
E ficaríamos ricos.
E fugiríamos para o México.
E lá tomaríamos uns goró.

29.1.07

21 batem a porta.
Querem saber o que será feito.

26.1.07

De: chotda

No orkut, é o reino dos aquarianos 1o. e 2o. decanatos.
Falar de anversário é uma coisa meio chata.

É. Definitivamente.

Mas bolo é bom.

24.1.07

Quando estava na escola, isso acontecia bastante. Era quase semanal, se não diário. A sensação que trás é ruim, quase sempre com boas razões, mas um ato não pensado. Por mais que haja motivos de sobra, que realmente fosse merecido, não deveria ser como foi. Porque, como eu disse pro Denis ontem, parece que no meio de uma guerra de comida, a música pára na hora em que eu arremesso o bolo. Ele disse que é porque é incomum isso partir de mim, que as pessoas têm medo dessa atitude, que neste mundo "devemos" (é nos dito) ser constantes e não agir de acordo com o que estamos sentindo. Se sou calminha, devo ser calminha sempre porque é assim que os outros esperam que eu reaja. E é verdade, a mais pura, se a gente for parar pra pensar. E por mais que a coisa não seja uma tragédia anunciada, como eu estou pintando, isso mexe comigo de um jeito que dá vontade de se esconder, ou de sair por aí sem rumo. Eu não sou melhor nem mais inteligente, nem mais calma, nem mais legal, nem mais especial do que ninguém. Mas de alguma forma, eu penso essas coisas de mim mesma e depois me arrependo. Daí sábias palavras de meu pai vêm a mente. Sábias atitudes de grandes pessoas. Mas eu não deixo de me sentir um sapo, e não deixo de sentir que os outros só observam e tentam se defender como podem, nem que para suas mentes se aliviarem eles mudem o foco da coisa. Porque como eu disse, a música pára comigo e as luzes se acendem sob minha cabeça, os rostos se viram com expressões de horror e eu só posso estar em um filme. Sim, o gigante é menor do que parece. Porém, não podia deixar de expressar aqui o fato. Que acabe aqui, então.

22.1.07

Sentada na frente do que era TV, estão roupas sujas e amassadas.
Não que a alma seja suja e amassada as well, mas não há pique.

Um carro passa na frente de um galo branco. O galo branco abre as asas e tudo vira azul. Quando uma abelha pica o braço do rapaz esquálido, o barulho é grande e ouve-se a risada da maria-sem-vergonha lá no fundo. Quanto mais o amarelo canta tons de laranja, mais um cachorro coça as costas no colchão. Um avião preto então fica manchado de rosa e tudo acaba bem.

Mas daí vem aquele sono bom e a risada boa.
Mas tá vazio? Hum, dorme bem porque amanhã tem reunião.

17.1.07

I feel fine with the sun in my eyes, the wind in my hair, when I’m falling out of this
sky

16.1.07

A graça, já dizia Valfrides (e a saudades daquelas aulas de tarde, no calor infernal, garrafinha d´água, ó Marília, seno sem sono, Dany, Pri, Vivian, ônibus, fisioterapia), a graça é esconder sempre um pouco, um sorriso, um segredo, um pensamento. É não mostrar tudo. É despertar a curiosidade. E não matá-la. Um pouco de névoa pode tornar a fotografia mais interessante.

O pensamento dos fogos de artifício fora epifânico. Sim, arrepia, de tão certo que é. (agora lembrei da Célia olhando para uma árvore ao lado de uma velhinha). Ainda me vem à mente Carrie Bradshaw. E Betty a Feia.

Ainda, há aquilo de querer ser. Sim, de querer alcançar. Parece que havia esquecido dessa coisa toda que fazia parte da minha matéria-prima e que alguém me lembrou. Hey, você, olha onde quero estar. E você? Bom, se ao menos houvesse menos títulos-de-Sir-concedidos-pela-rainha-ó-toda-poderosa nesse mundo... Mas quer saber? Que se dane. Vou botar minha roupa de domingo e pintar o meu Almanaque de Férias.

10.1.07

romance

Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pra eu merecer
Antes de um mês eu já não sei
E até quem me vê, lendo jornal
Na fila do pão sabe que eu te encontrei

E só de te ver
Eu penso em trocar
A minha tv num jeito de te levar
A qualquer lugar
Que você queira
E ir onde o vento for

8.1.07

Como Olimpíadas, essa coisa piora.
Olho-me no espelho mas duvido do próprio reflexo.
Algo aqui dentro sai dos eixos e eu piro de vez.
E é uma tortura.
Daí dá vontade de largar tudo.
De fugir.
Mas eu sei onde está a paz.
Eu só não consigo abraçá-la de vez sem sentir algo me puxando pra trás.
Um retrocesso?
Por quê? Porquê meu Deus??
Devo tomar um remédio forte? Devo tomar um passe?
Devo perder tudo de novo?
O desespero que causa eu tento rebater. Ok. Passou. Mas daí a raiva por ter sido tão fraca dá vontade de parar de existir.
Porque viver não pode ser simples?
Não! Quero que seja simples!
Só agora!
Acho que devo perder tudo. Eu devo merecer.
Olhar tudo em tons pastéis e com medo é a pior sensação do mundo.
Daí vem outro dia e eu penso que não preciso. Na verdade, ao acordar eu me sinto eu mesma, até lembrar daquilo que construí.
Com certeza, há algo de errado.
Quero não pensar em nada, for God´s sake!

Eu sei o que quero. Não há nada de mistério das cousas.


De volta a sala 2 do CRP.
Sala mágica, com seres mágicos.
Definitivamente ainda estou de férias.

5.1.07

2007 me olha com cara de criança peralta.
Muita coisa não é mais uma grande novidade e outras com certeza serão. É sempre assim, se você for parar pra ver.
O Ano Novo fez cócegas nos pés com as ondas da orla. E depois brincou comigo de flutuar. No mar, no ar.

Viver é simples como assistir desenho animado.
É simples como dançar numa roda de amigos.
Simples como palavras.
Simples.
.

Não penso em janeiro, nem em fevereiro ou em março.
Penso na próxima hora, no final de semana.
Em abraçar forte minha fonte de alegria.

O que quero em 2007?
Tudo isso. É, isso mesmo.