Este ano foi a minha temporada.
(e minha revista tem aquela capa)
Leaving on a jet plane, I don´t know when I´ll be back again...
22.12.06
19.12.06
Não, não é o último do ano, é apenas mais um que quero escrever
Está tudo escuro aqui e muito quente também
É o dia depois de amanhã lá na sala e a voz grossa do locutor
Também há as batatas, melhor, o que não sobrou delas no prato engordurado
Ainda, o pisca desligado e a caneca no chão. Caneca com água, que triste
Mas não estou triste, estou apenas no escuro iluminado pela tela do computador
Lá fora, Monlline e as luzes dos prédios que gosto tanto
Se morasse na fazenda, com certeza veria o escuro que dá medo. E o barulho vazio que deixa a gente com vontade de ligar música
Porque música a gente gosta sempre, mas nem sempre gosta da mesma
Ontem Maguire me deixou com cara de boba. Tanto que agora voltou aos meus favoritos, mas isso não é importante
A bagunça lá do quarto me deixa desanimada
As telas brilhantes me atraem como mosca, de lá pra cá, daqui pra lá
Caramba, tenho que arrumar as coisas
É a última semana e depois um descanso
Um tempo pra botar a cabeça pra fora d'água e respirar
Já até comprei a roupa, de tão animada
Quem sabe não são bóias que me deixam mais tempo fora?
Não sei. Não sei mesmo
Só sei que o tempo é algo relativo.
Para o monge, eterno
Para a borboleta, um dia
Para mim, rápido
Isso me lembrou comercial da W, que bosta
Mas, qual percepção está certa; monge, borboleta ou eu?
Só sei que o ano está acabando e que este ainda não é o último. Ano, post.
Tudo são coisas que a gente junta e chama de ciclo
Mas é tudo a mesma coisa
Mas a gente precisa acreditar naquilo porque é bom pra renovar a si mesmo
Está tudo escuro aqui e muito quente também
É o dia depois de amanhã lá na sala e a voz grossa do locutor
Também há as batatas, melhor, o que não sobrou delas no prato engordurado
Ainda, o pisca desligado e a caneca no chão. Caneca com água, que triste
Mas não estou triste, estou apenas no escuro iluminado pela tela do computador
Lá fora, Monlline e as luzes dos prédios que gosto tanto
Se morasse na fazenda, com certeza veria o escuro que dá medo. E o barulho vazio que deixa a gente com vontade de ligar música
Porque música a gente gosta sempre, mas nem sempre gosta da mesma
Ontem Maguire me deixou com cara de boba. Tanto que agora voltou aos meus favoritos, mas isso não é importante
A bagunça lá do quarto me deixa desanimada
As telas brilhantes me atraem como mosca, de lá pra cá, daqui pra lá
Caramba, tenho que arrumar as coisas
É a última semana e depois um descanso
Um tempo pra botar a cabeça pra fora d'água e respirar
Já até comprei a roupa, de tão animada
Quem sabe não são bóias que me deixam mais tempo fora?
Não sei. Não sei mesmo
Só sei que o tempo é algo relativo.
Para o monge, eterno
Para a borboleta, um dia
Para mim, rápido
Isso me lembrou comercial da W, que bosta
Mas, qual percepção está certa; monge, borboleta ou eu?
Só sei que o ano está acabando e que este ainda não é o último. Ano, post.
Tudo são coisas que a gente junta e chama de ciclo
Mas é tudo a mesma coisa
Mas a gente precisa acreditar naquilo porque é bom pra renovar a si mesmo
13.12.06
Meu molho branco não é nenhum bechamel mas me provou algo que nem desconfiava: eu sei mesmo cozinhar.
Vocês podem me questionar sobre isso, afinal, it´s not a big deal. Mas para mim, que a vida toda viu os pais cozinharem como chefs as maiores delícias (desde arroz com batata frita a medalhão de filé mignon com champignons) e que teve na cozinha experiências máximas de brigadeiro e pipoca, é uma grande coisa.
Morar sozinha tem sua parte boa. Agora nas férias, que o tempo é abundante, gosto de experimentar receitas novas. Ver que elas estão dando certo é uma quase-epifania. Um dom (dom?) que eu não conhecia. Tá, não sou Jamie Oliver, mas cara, é a Thaís, que fazia brigadeiro e pipoca!
Quem sabe não é uma coisa de outras encarnações? Posso ter sido cozinheira do castelo; pegava o porco, matava e metia numa panela gigante com água fervendo. Também devia ser muito feia com uns peitões caídos, mas isso é detalhe.
Agora parece que o mundo todo são ingredientes prontos a virarem especialidades. E que nenhuma receita é difícil o bastante.
Enfim, só um desabafo pós spaghetti ao molho branco. Voltem a fazer o que estavam fazendo.
Vocês podem me questionar sobre isso, afinal, it´s not a big deal. Mas para mim, que a vida toda viu os pais cozinharem como chefs as maiores delícias (desde arroz com batata frita a medalhão de filé mignon com champignons) e que teve na cozinha experiências máximas de brigadeiro e pipoca, é uma grande coisa.
Morar sozinha tem sua parte boa. Agora nas férias, que o tempo é abundante, gosto de experimentar receitas novas. Ver que elas estão dando certo é uma quase-epifania. Um dom (dom?) que eu não conhecia. Tá, não sou Jamie Oliver, mas cara, é a Thaís, que fazia brigadeiro e pipoca!
Quem sabe não é uma coisa de outras encarnações? Posso ter sido cozinheira do castelo; pegava o porco, matava e metia numa panela gigante com água fervendo. Também devia ser muito feia com uns peitões caídos, mas isso é detalhe.
Agora parece que o mundo todo são ingredientes prontos a virarem especialidades. E que nenhuma receita é difícil o bastante.
Enfim, só um desabafo pós spaghetti ao molho branco. Voltem a fazer o que estavam fazendo.
9.12.06
7.12.06
Não sei se escreverei algo significativo.
Na verdade, o que há de significativo na vida?
Um sorriso, uma música, um balançar-na-balança-e-jogar-a-cabeça-pra-trás?
Ou seria uma criança que passa correndo, uma velhinha dançando no salão, uma folha acariciando no ar antes de tocar o chão?
Não sei o que é significativo.
Molhar as pontas dos pés antes do banho para ver se está quente. Cair de costas no sofá e ligar a TV. Comer as raspinhas de chocolate do bolo de aniversário antes do parabéns.
Ver filme francês e achar lindo. Passear de mãos dadas num dia qualquer. Sorteve de leite moça edição limitada.
O que seria então significativo?
O cachorro de barriga pra cima para coçar as costas. A senhora que traz leite quente com nescau e pipoca na hora do desenho. Crianças sentadas no meio-fio numa tarde de domingo olhando o dia passar.
Ou seriam todas essas coisas?
Que post mais maluco.
Na verdade, o que há de significativo na vida?
Um sorriso, uma música, um balançar-na-balança-e-jogar-a-cabeça-pra-trás?
Ou seria uma criança que passa correndo, uma velhinha dançando no salão, uma folha acariciando no ar antes de tocar o chão?
Não sei o que é significativo.
Molhar as pontas dos pés antes do banho para ver se está quente. Cair de costas no sofá e ligar a TV. Comer as raspinhas de chocolate do bolo de aniversário antes do parabéns.
Ver filme francês e achar lindo. Passear de mãos dadas num dia qualquer. Sorteve de leite moça edição limitada.
O que seria então significativo?
O cachorro de barriga pra cima para coçar as costas. A senhora que traz leite quente com nescau e pipoca na hora do desenho. Crianças sentadas no meio-fio numa tarde de domingo olhando o dia passar.
Ou seriam todas essas coisas?
Que post mais maluco.
5.12.06
RG
Olha, é um quadrado.
Não, é um círculo. As bordas são levemente arredondadas. Não acho que seja um quadrado.
E assim?
Ainda, mesmo que arrumem, imagino as arestas mais...
Retas?
Não, não encontrei o que quero ainda, mas parece que as bordas não estão do jeito que imagino.
30 min depois...
Ok, se vocês acham que estas arestas classificam um quadrado, então vocês estão certos.
15 min adiante...
Ainda não sei o que quero, na verdade já perdi até o motivo pelo qual iniciei essa discussão.
Não, é um círculo. As bordas são levemente arredondadas. Não acho que seja um quadrado.
E assim?
Ainda, mesmo que arrumem, imagino as arestas mais...
Retas?
Não, não encontrei o que quero ainda, mas parece que as bordas não estão do jeito que imagino.
30 min depois...
Ok, se vocês acham que estas arestas classificam um quadrado, então vocês estão certos.
15 min adiante...
Ainda não sei o que quero, na verdade já perdi até o motivo pelo qual iniciei essa discussão.
4.12.06
O pisca-pisca psicodélico-maluco-incrivelmente-genial faz eu pirar como nunca.
Em casa, ler todos os textos da Irene me fazem pensar que sou realmente capaz.
De noite, comprar estrelinhas e anjinhos me fazem sentir como aos oito anos.
No ônibus, o perfeito arco-íris na marginal prenuncia uma vida cheia de cor.
Na volta, uma palavra me deixa com dor no estômago e vontade de não me mexer. De não falar. De não piscar. De apenas fitar o infinito com a dor dilacerante latejando que agora virou embrulho incômodo. Ainda tem aquela coisa no olho; é, sim, tem aquilo de não piscar, mas parece que ele pesa, que vai saltar, que é preciso abaixar as pálpebras.
O sentir-se alheia me persegue e me encara como a esfinge: decifra-me ou devoro-te.
É preciso encarar, não há jeito, não há como.
É preciso, acima de tudo, repensar a mesma atitude caduca e sem graça de fechar a cara.
Mas como? Engolir tudo?
A vontade é essa mesmo. E de fugir. Porque parece que quando há a idéia fixa, nada contribui para tirá-la da mente. A vida a alimenta.
E daí vem o medo. O mesmo medo bobo de sempre.
Hoje vou comprar mais pisca-pisca psicodélico. E depois me enfiar debaixo do meu casco e assistir TV. E pensar que deve ser meu carma mesmo.
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