12.10.09

Se me dessem um papel e uma caneta e me pedissem para escrever o sentimento que define o agora, eu o deixaria em branco. Não há o que defina, não há o que se compare.
Não é necessariamente bom ou ruim. Não é excitante ou desestimulante.
É mais um estar suspenso, como uma bolha de sabão.
É como estar a vinte dias do Natal e não saber se o Papai Noel recebeu a cartinha. Melhor, é estar a vinte dias do Natal e não saber o que pedir. Não saber se você foi ou não uma boa menina, ou apenas escrever para o velho: "olha, veja aí nos seus registros, não sei se fui uma boa menina este ano, prefiro que o senhor mesmo resolva isso e traga o que for conveniente".
Mas também não é isso, não quero infligir meu destino nas mãos de outra pessoa, por mais tentadora que seja a sensação de irresponsabilidade.
Como disse, não sei. Qualquer pré-julgamento seria um equívoco. É um sentimento novo, sem precedentes e assustador na medida em que é inédito.
O que resta é o dia após dia. Quem sabe o não esperar seja o melhor caminho?

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