27.6.08

things.

Já faz um tempo que esse blog se tornou uma válvula de escape para minhas tão confusas epifanias. Não me assusto com a falta de visitas, quem em sã consciência gastaria mais de cinco minutos da vida em meio a meus pensamentos? Mas enfim.

*** Houve aquele momento em que pensei estar mais feliz do que em toda a minha vida. E era verdade. A gente cantava mi mi mi mi e ria de tão idiota que era aquela brincadeira. Quando chegou a hora do sapo que não lava o pé, soube: isso, é isso!

*** Não sei se me encaixo naquela de metamorfose ambulante, porque no fim sou sempre a mesma, mas o fato é que pulo de galho em galho até encontrar um que seja forte o suficiente, tenha frutos gostosos e uma sombrinha pra eu descansar. Agora, mais um pulo está prestes a acontecer. É um galho ducaralho, mas que exige muito esforço, porque nem todos conseguem nele morar.

*** Sabe o grito preso?

*** Orkut é uma bosta, mas às vezes eu passo uns bons 20 minutos passeando por suas páginas, vendo a cara daquelas pessoas que um dia eu convivi ou que ainda convivo. Vou descobrindo seus dramas, suas lágrimas, suas mudanças e vejo o tempo marcado em seus olhos. Orkut mata aquela curiosidade de "como está fulano?", mas também mata a vontade de ouvir pessoalmente "estou bem, e você?".

*** O mundo é um quadro.

*** Todos os pingos estão nos "is", agora é organizar a caçada.

17.6.08

?

Não sei.
O que fazer.
E agora.
Vendo-me.
Livro-me.
Ouço Yael Naim?

3.6.08

2 horas.

É meio-dia.
Quatro, cinco, seis, sete daqui.
Dois, três, quatro de lá.
Todos em marcha única para o antro da comida executiva.
Ninguém quer perder tempo ou ficar para trás.
Vambora pro "Casinha da Mama", "Santa Hora" ou para o "Delícia Grill".
Todos em fila, por favor, pratinho na mão, escolhe a saladinha, escolhe o leguminho, escolhe a carninha e a massinha. Ah, e tem também docinho e suquinho - um precinho a mais, apenas.
Em cada mesinha, uma alma solitária em meio a garfadas. Sonhos, ódios, ritmos e idéias entopem o espaço aéreo dos mosquitos embriagados.
E lá em casa, mamãe mexe a colher de pau muito saudosista, distante em pensamentos ao preparar
suspiros aos filhos, ausentes.

2.6.08

10 minutos.

Tantos são os caminhos que podemos percorrer. Esta frase é já um bordão dos mistícos, juristas e jedis. E sim, ela é verdadeira. Qual seria o caminho certo então?
Li ontem na Super sobre a felicidade estar escondida no pessimismo. Eu, que faço tantos planos e determino objetivos, vejo enfim a veracidade da aparente absurda afirmação. Meu objetivo era estar aonde estou, fazendo isso mesmo que estou fazendo. Mas daí - já não sei se concordo ou não com tal estudo - as coisas não são tão lindas como pareciam. O cansaço e as cobranças esgotaram meu sorisso diante do desafio e agora almejo fotografia de turistas na Polinésia.
O que seria mais importante? Balança:

prazer - lazer - esforço - dinheiro - calma

É óbvio que dinheiro sempre pesa um pouquinho mais no fim das contas, mas como aliar o prazer a esse ato nobre do enriquecimento? Aliás, esqueci de uma:

conhecimento

Agora que sei que preciso refazer uma matéria, penso: valeu? E mais:

família - relacionamento - amigos

Mais uma vez a balança pende para o meio. E esta consigo com muito esforço, pois sem ele sou apenas um espectro. Mas e família? Amigos? Onde estão? Estão atrás de mim, cobrando minha presença. Cobrança que entristece, pois gostaria muito de estar com eles também. Já estou me vendo aos 70, chorando por aqueles que deveria ter dedicado mais tempo e pelos amigos que esqueci no caminho.

saúde

Nem me diga, esta está debilitada.
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What´s the meaning of life?

Why am I here for?