Não sei o que acontece comigo.
É como se tudo fosse muito complicado ou maior do que é.
Ou não, ou to encarando tudo numa boa quando o que devia fazer era me descabelar.
Tem tanta coisa.
Eu fico me questionando o que é a vida afinal, porque a gente tá aqui, pra que raios existe Deus ou qualquer entidade divina.
Somos tão pequenos que não conseguimos andar até o final da rua; somos tão pequenos numa massa mais pequena ainda que orbita num espaço ainda menor.
E mesmo tão pequenos, conseguimos fazer bagunças enormes. E na extâse da farra dos desmiolados, colocam-me como juíza de uma briga entre Céu e Terra. Enquanto o Céu derrama suas lágrimas, a Terra as recebe e forma um oceano, mas dele não bebe porque está cheio de sal.
Pode ser que tudo isso seja um grande deslocamento, a Roda da Fortuna, ou quem sabe, a Roleta Russa.
Só sei que me sinto prisioneira das horas, imersa nos compromissos que não mais são meus. E se lhe ofereço o braço, talham-me a cabeça e fico sem coração.
Até quando sentirei esse não pertencimento de mim mesma?
Até as cinzas das horas?
Até semana que vem?
Ou até o próximo colapso existencial da humanidade?
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