Qual o grande lance por trás do sete? Seria um número sagrado, para o qual antigamente as pessoas matavam criancinhas em rituais?
A perfeição parece com medo de suas expectativas falsas. Ela se esconde por trás dos olhos fundos de quem já cansou de chorar. Ela é covarde e nos faz pensar que o mundo não presta, que somos uns bostas e que nossa alegria está com os dias contados.
Perfeição - a decifre ou seja devorado.
Não seria a vida um daqueles jogos do Sonic que você nunca consegue terminar? Bem naquela fase no ar, que você vive caindo dos bloquinhos deslizantes. Parece que o jogo foi programado para você nunca ganhar mesmo e, por mais que você já tenha todas as esmeraldas, você se sente um fracassado.
Há uma coisa que nunca vou ter na vida, e é bom começar me acostumando: controle. Eu sempre quero saber de tudo para poder prever, entender e controlar minha própria ansiedade. Não importa quantas miligramas de remédio eu tome, não há remédio que me dê um poder que só os deuses e as operadoras de telemarketing têm. Nada está em minhas mãos, eu não tenho o controle de absolutamente nada.
E, mais uma vez, me vejo na mesma situação de um ano atrás. No money, no hope, no family, no nothing. O que resolveria isso? Uma árvore de dinheiro, uma casa na praia com dois cachorros e o amor, Natal na casa da vó Ruth e recadinhos na geladeira, respectivamente.
Pelo menos tive duas semanas de ilusão completa num lugar ilusório com caramujos e cocô de cachorro. Pego a fotografia mais bonita daquele dia e colo na minha agenda dizendo: não esquecer de voltar um dia com mais calma, talvez para ficar. As flores amarelinhas na rua da eca e as folhas do russel sq. já valem como consolação.
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