Acariciou as linhas de lã como se fossem os cabelos do filho. Aquele cachecol abraçaria seu pescoço como seus braços apertados entre choro e riso. A peça viajaria pelo céu até pousar em suas tão saudosas mãos.
Enquanto tricotava, na tv um filme daqueles que a gente chora e se emociona. Ao lado, a filha caçula diz coisas para deixá-la melhor.
E no fim, tudo parecia tão injusto! E tudo na mesma hora, tudo para derrubá-la, tudo para fazê-la chorar.
As agulhas escreviam na lã palavras de amor. E, em cada nó, a esperança de dias melhores.
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