A garota cor-de-rosa beija o travesseiro e deseja sentir aquele cheiro no sapato, na escova de dentes, na televisão e no sofá.
Quando o despertador toca, ela espera aqueles olhos fechados.
No ônibus, a lembrança constante é acentuada pelo som da melodia cotidiana (especial).
O andar ela já decorou. Como movimenta os ombros e olha para baixo pensando na vida.
Sabe do sorriso, ela já é expert.
Mas a cada vez que sorri, é como se fosse novo, como naquela noite depois do cinema ou naquela manhã de fevereiro.
E quando vai embora, gosta de pegar na mão e olhar com carinho. Até o dedinho. Mas depois de dois dias de distância dos dedos ela já começa a se sentir como um pão mofado.
E se o cheiro está no sofá ou no sapato ou na tv ou na escova de dentes, ela quer o travesseiro recém-amassado no lado oposto à sua cabeça.
Ver o movimento dos ombros.
Beijar a face docemente.
E fazer qualquer coisa ao seu lado que dure entre um segundo e uma eternidade.
Um comentário:
fofa.
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