14.10.06

Na descida para o almoço, uma história triste de uma mulher doente. No restaurante, um rapaz magro canta I started a joke melancolicamente. Cada garfada é uma nota triste.
Uma rápida parada na loja de tranqueiras me faz sentir depressiva. Minha mãe compra dois copos para repôr os que ela quebrou ontem. "Eram muito finos". Cintos com a fivela enferrujada me fazem pensar em como alguém consegue vender aquilo. E alguém comprar. Saí pensativa.
Depois a visita à minha avó. "Pare de tremer a perna", minha mãe diz. O mesmo retrato comigo tocando violão numa época distante. "Não gosto, prefiro a outra", penso. Na despedida, sempre as mesmas palavras. "Tchau vó, tchau Seu Hermínio". Saí com vontade de visitar Portugal, meus tios vão.
Indo embora, o sol queima e o vento corta. O telefone toca: "casa", é só o que esse visor sabe dizer. Uma carona e mais histórias tristes de pessoas doentes. "A Anelyse vai ser daminha de honra. Você e a Amanda já estão velhas demais pra isso". É, estamos velhas.
Entro em casa e sento aqui. Nada de novo. Olho meu novo álbum mais uma vez. Escrevo aqui.

E é isso. É o que sobrou pra mim, after all.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembra daquele post que vc escreveu falando da visita de um bom amigo... Vou conversar com ele hoje e quem sabe ele não possa ir aí na sua casa. Fiquei sabendo que ele já tem o segundo capítulo do Lost e que irá levar hoje aí na sua casa, quem sabe com as idiotices dele você não se alegre um pouco.
Beijos